O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), é caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, instabilidade na autoimagem, flutuações extremas de humor e impulsividade.

Quando a pessoa se relaciona com os outros de uma forma que foge do “normal” ou saudável. Geralmente causa sofrimento não só para si mesmo, mas principalmente para que convive com essa pessoa. No Transtorno de Personalidade Borderline, o diagnóstico é difícil, pois o próprio nome já diz. “Borderline” vem do inglês e significa “fronteiriço”. Teve origem na psicanálise onde esses pacientes não podiam ser classificados como neuróticos (ansiosos e exagerados) e nem psicóticos (que enxergam a realidade de forma distorcida), porém eles estão no meio, em um estado intermediário entre esses dois espectros.

De acordo com a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), nos ambulatórios de psiquiatria representa em torno de 20% dos pacientes. De 8% a 10% dos indivíduos com essa doença mental cometem suicídio.

Pessoas com TPB não toleram estar sozinhos, fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises, como tentativas suicidas, de tal forma que levam os outros a resgatá-los e cuidar deles.

Cerca de 75% dos pacientes diagnosticados com esse transtorno são mulheres, afetando também a população masculina. 

As comorbidades são complexas. Os pacientes com TPB têm alguns outros transtornos, especialmente depressão, ansiedade, síndrome do pânico, variação de humor, transtorno de estresse pós-traumático, transtornos alimentares e transtornos de uso de fármacos.