Falar de saúde feminina vai muito além das campanhas de prevenção ao câncer de mama ou de colo de útero. A saúde mental da mulher é um tema cada vez mais discutido e que precisa ser abordado com a seriedade que o tema exige. Apesar de os dados indicarem um número quase igual entre homens e mulheres quando o assunto envolve distúrbios mentais, os padrões de como tais doenças se manifestam indicam uma carga maior para elas.

Além de serem mais suscetíveis a sofrerem de depressão, elas também têm maior probabilidade de acumularem mais de um distúrbio mental ao mesmo tempo. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos também observou que mulheres são mais suscetíveis a sofrerem de estresse pós-traumático – e costumam levar muito mais tempo do que os homens para buscar tratamento.

Além disso, a principal causa de estresse pós-traumático em mulheres são casos de violência sexual – o estigma em torno deste tipo de crime e a culpabilização da vítima ainda muito presente na sociedade são os principais fatores na demora da busca por assistência.

Outro distúrbio mais presente em mulheres e provocado por fatores sociais tem relação com a alimentação. Com uma cobrança exacerbada da mídia e de uma cultura que associa beleza a magreza, as mulheres são 10 vezes mais propensas a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como anorexia e bulimia.

Dentre as opções de tratamento, existem médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeiras capacitadas em saúde mental e profissionais de assistência social, que podem ajudar de forma preliminar. Tratamentos alternativos envolvem grupos de apoio e atendimento on-line para saúde mental.

Agir de forma preventiva ainda é a melhor forma de cuidar da mente. Conhecer a si própria, saber identificar as emoções, entender o que as causou e reconhecer quando é hora de buscar ajuda é fundamental para cuidar da saúde de dentro para fora.