Talvez você já tenha visto tal transtorno sendo retratado em filmes por aí. Mas será que você sabe, realmente, o que é esquizofrenia?
O distúrbio é conceituado como sendo uma perda do contato com a realidade. A pessoa escuta vozes, imagina estar sendo alvo de perseguição ou, até, que é controlada por forças externas a si.
Isso traz grande sofrimento, já que, dificilmente, ela percebe que não há lógica em suas percepções.
Continue a leitura e entenda um pouco mais sobre a esquizofrenia!
O que é esquizofrenia?
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico caracterizado pela presença de sintomas como delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizados e sintomas negativos. Sinais como ansiedade e depressão também podem estar presentes.
De modo geral, ocorre uma alteração no cérebro e pensamento do indivíduo, que o impede de interpretar a realidade da situação.
O transtorno costuma aparecer no final da adolescência e começo da vida adulta, mas existem casos mais tardios.
Quais seus sintomas?
Para entender o que é esquizofrenia, é fundamental falar sobre seus sintomas, que, segundo o Manual DSM-V, são os seguintes:
Delírios
São crenças fixas difíceis de serem modificadas, ainda que existam evidências claras sobre sua inexistência.
Podem envolver vários temas, como:
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persecutório: a pessoa acredita que está sendo perseguida e que alguém quer prejudicá-la. Às vezes, gestos irrelevantes, de conhecidos ou desconhecidos, são gatilhos para que ela crie pensamentos delirantes;
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grandeza: o indivíduo imagina ser alguém muito importante, ter um talento incomum ou ter relação especial com alguém renomado;
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ciúmes: aqui a crença é a de ter um parceiro infiel. O pensamento se baseia em pequenas evidências, muitas vezes, banais;
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erotomaníaco: a pessoa crê, falsamente, e de forma constante, que pessoas estão apaixonadas por ela;
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somáticos: refere-se à saúde e função dos órgãos, como o pensamento de estar infestado de insetos dentro da pele.
Alucinações
São percepções envolvendo os órgãos sensoriais (audição, visão, olfato, tato), vivenciadas como reais. As mais comuns são as auditivas, em que a pessoa crê escutar vozes e, assim, conversa com elas. O indivíduo com alucinação tem a crença convicta de que sua experiência é verdadeira.
Vale uma observação, aqui, de que, em certos contextos, algumas vivências podem fazer parte de experiências religiosas, não sendo consideradas, a princípio, alucinações.
Pensamento desorganizado
O discurso do indivíduo não tem uma linha de raciocínio, podendo mudar de um assunto a outro, em questão de segundos. Respostas para perguntas não seguem uma lógica, podendo ser, muitas vezes, incompreensíveis, prejudicando a comunicação.
Comportamento desorganizado ou catatônico
O indivíduo pode apresentar agitação imprevisível, reações tolas e infantis, ou, ainda, falta de reação a determinados estímulos. Por exemplo, é capaz de ficar horas sentado, na mesma postura, sem movimentação.
Sintomas negativos
Diminuição da expressão emocional. Não importa a situação, a pessoa não expressa emoções, não faz contato visual, não muda a entonação da voz. Ela, ainda, apresenta uma capacidade reduzida de sentir prazer.
Como se dá o tratamento?
O tratamento para a esquizofrenia inclui, impreterivelmente, o acompanhamento com um psiquiatra, que receitará medicamentos, como o antipsicótico, ajudando a silenciar os sintomas de delírio e alucinação.
As consultas com o psicólogo também são importantes, para ajudar o paciente a entender seus pensamentos, identificar os gatilhos para suas percepções e a conseguir ter de volta seu bem-estar e saúde mental.
É importante, ainda, esclarecer que alucinações e delírios também podem estar presentes em outras condições, como drogadição e Alzheimer, casos não considerados como esquizofrenia e, assim, a intervenção será diferente.
Grande parte das vezes, o indivíduo com o distúrbio acredita tão fortemente em suas percepções, que, dificilmente, ele mesmo tem o insight para discernir que algo não vai bem consigo. Por isso, é importante todos ao redor entenderem o que é esquizofrenia, para que, assim, o ajude a se dedicar a um tratamento.
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Sobre o autor: Maricléia dos Santos Roman
Maricléia dos Santos Roman, Psicóloga graduada pela UPF/RS, Especialista em Saúde da Família, Juridica pela Unochapecó/ SC, Palestrante, Coach formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching- IBC, como Professional and Self Coaching, certificada nacionalmente pelo IBC e internacionalmente pelo European Coaching Association, Meta fórum internacional Global Coaching Comunity e Internacional of Coaching, analista Comportamental Certificada pelo IBC, Practitioner e Master em PNL pelo Instituto Sabbi/RS.
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