O Transtorno Borderline, também chamado de Limítrofe, é um tipo de transtorno de personalidade. Atinge, na maioria dos casos, mulheres e está associado a mudanças repentinas de humor e comportamentos impulsivos.
A pessoa que tem a patologia costuma sentir tudo como 8 ou 80. Seus sentimentos mudam de forma intensa e de uma hora para outra. Quem convive com alguém assim sente como se estivesse próximo a um vulcão prestes a entrar em erupção a qualquer momento.
Apesar de ser difícil compreender todo o jeito exagerado, quem tem Borderline sofre bastante e, muitas vezes, não consegue controlar suas ações.
Acompanhe nosso texto e saiba mais sintomas de formas de tratamento!
Sintomas de Borderline
Esse transtorno pode ser classificado como um limite entre a neurose e a psicose (por isso o outro nome, limítrofe). Dessa forma, o indivíduo pode apresentar algumas características de ambas as condições mentais.
Com a neurose, teríamos comportamentos como os compulsivos, transtornos alimentares e ansiedades. Na psicose, poderíamos ter as alucinações e distorções da realidade. Os sintomas mais comuns no transtorno são:
- instabilidade de emoções e comportamentos. Essas mudanças podem ser em questão de horas;
- reações extremas. Acontecem por motivos que seriam considerados comuns para a maioria das pessoas, como algo banal que saiu fora do planejado;
- impulsividade em pelo menos duas áreas: compras, sexo, álcool, drogas, alimentação, direção irresponsável, apostas;
- sentimento de vazio e depressão;
- dificuldade de controlar seus comportamentos. A pessoa pode se arrepender depois de ter agido;
- mudanças súbitas de opiniões. Isso pode acontecer com o relacionamento amoroso, com o trabalho e com os objetivos pessoais. É comum entrarem em comportamento de autossabotagem quando a meta está quase atingida;
- ideações (muitas vezes irreais) de abandono. A pessoa vivencia constantemente o medo de ser abandonada. Pode se sentir ameaçada mesmo quando o companheiro viaja a trabalho, tendo crises de ciúmes;
- sensações de perseguição ou outras alucinações. Isso acontece, principalmente, em situações de grande estresse.
Causas
A hereditariedade influencia bastante. Assim, o individuo que tenha parentes com o transtorno são mais propensos a desenvolvê-lo.
Pode estar, também, associado a alguns tipos de abuso na infância, como o sexual ou o emocional.
Também é observada uma modificação nas estruturas do cérebro das pessoas com Borderline. As partes da amígdala e do hipocampo (que são responsáveis pela regulação das emoções) são menores que em seres saudáveis.
Tratamento
O diagnóstico aqui não é dos mais fáceis, pois existem vários sintomas em comum com outros transtornos, como o Bipolar.
Será necessário um trabalho conjunto com psiquiatra e psicoterapeuta. Os remédios mais comuns são antidepressivos e estabilizadores de humor, podendo, em alguns casos, serem receitados antipsicóticos.
A psicoterapia poderá proporcionar mudanças na forma de agir e ajudar o paciente a se entender melhor. Ele precisará aprender a substituir comportamentos prejudiciais por mais benéficos.
A pessoa precisará adquirir mais controle das suas ações e aprender a lidar melhor com as adversidades e as situações imprevisíveis.
O Transtorno Borderline é um desafio para todos: para quem tem e para as pessoas ao seu redor. Mas com paciência e dedicação é possível superá-lo.
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Sobre o autor: Maricléia dos Santos Roman
Maricléia dos Santos Roman, Psicóloga graduada pela UPF/RS, Especialista em Saúde da Família, Juridica pela Unochapecó/ SC, Palestrante, Coach formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching- IBC, como Professional and Self Coaching, certificada nacionalmente pelo IBC e internacionalmente pelo European Coaching Association, Meta fórum internacional Global Coaching Comunity e Internacional of Coaching, analista Comportamental Certificada pelo IBC, Practitioner e Master em PNL pelo Instituto Sabbi/RS.
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