A inteligência é aquela característica desejada por todo mundo e que nos ajuda no desempenho de nossas tarefas.

Seria perfeito se pudéssemos possuir todas as habilidades possíveis, não seria? Conseguir aprender de forma rápida e talentosa a tocar um instrumento musical, ter facilidade com cálculos matemáticos, saber falar de forma articulada em público.

Algumas vezes até nos sentimos mal quando percebemos uma dificuldade própria em conseguir êxito numa função. Chegamos a nos diminuir, com pensamentos subestimados sobre nós mesmos.

Se você alguma vez chegou a se cobrar muito por isso, você precisa acompanhar este texto!

Um pouco da história da inteligência

É difícil definir a inteligência em poucos termos. Até porque, como vai ser demonstrado aqui, existem vários tipos dela, abrangendo, assim, inúmeras definições.

Todavia, pode-se dizer que, de forma geral, ela é a capacidade de a pessoa apreender, compreender, abstrair, raciocinar, planejar, resolver problemas.

Durante muito tempo, se acreditou que nascíamos como uma tábula rasa. Esse pensamento dizia que nosso cérebro era como uma folha de papel em branco e que ao passar dos anos e nossas experiências, adquiríamos conhecimentos e ganharíamos inteligência.

Esse entendimento foi perdendo sua credibilidade quando dois psicólogos, Alfred Binet e Wilhelm Stern, aplicaram testes em crianças para medir algumas habilidades.

Binet, em 1905, aplicou um teste de raciocínio verbal e matemático. Seu objetivo era medir a capacidade de compreensão de cada um e tentar prever qual seria capaz de apresentar dificuldades mais para frente.

Já Stern criou um sistema de pontuação para comparar os resultados obtidos em testes. Foi com ele que nasceu o famoso teste de QI, que revolucionou o que todo mundo entendia até então como inteligência.

Nesse teste de QI foi verificado que algumas crianças analfabetas tinham mais habilidades de compreender determinado questionamento do que uma criança que já estudava. Isso refutou a antiga crença da tábula rasa.

Foi percebido, assim, que já nascíamos com algumas habilidades herdadas pelos nossos genes. E que elas facilitavam nosso aprendizado.

Com o tempo, os testes de inteligência foram se aprimorando e muitas outras formas de considerar alguém inteligente foram sendo valoradas. Tanto é que, hoje em dia, alguns psicólogos não dão muita credibilidade ao antigo teste de QI.

Em 1985, o psicólogo Howard Gardner revelou a Teoria das Múltiplas Inteligências, na qual propunha 7 tipos. Mais tarde, acrescentou mais 2, totalizando, hoje, 9 inteligências.

Já Daniel Goleman, na década de 90, introduziu o conceito da inteligência emocional. O que acrescentou ainda mais para todo nosso conhecimento nessa área.

 

Tipos de inteligência humana

Então veremos os tipos de inteligência mais estudados pela psicologia.

O comum é que cada pessoa tenha em maior dose de um tipo e menor de outro. Por exemplo, alguém pode possuir uma grande inteligência espacial, mas, por outro lado, possuir um pouco menos de inteligência intrapessoal. Isso é completamente esperado e faz parte da individualidade de cada um.

Veja com qual você se identifica mais:

Inteligência Lógico-Matemática

Essa é a facilidade para números e fazer cálculos matemáticos, encontrar padrões, ordens, sequências e lógicas. Geralmente é encontrada em professores de física, matemática, engenheiros, estatísticos.

 

Inteligência Linguística

É relacionada à escrita e leitura. Pessoas com essa inteligência possuem habilidades para aprender línguas, compreender textos e estudar gramática. É encontrada naqueles que se formaram em Letras, professores de português, escritores, poetas.

 

Inteligência Musical

Capacidade para tocar instrumentos musicais, compor músicas, diferenciar as notas musicais num som e, em alguns casos, até começar a aprender sozinho como tocar um instrumento que nunca tinha pegado antes. É encontrada nos melhores músicos.

 

Inteligência Espacial

É a capacidade de visualizar as formas, distâncias, espaços, pensar em imagens e conseguir inferir movimento e posições. A pessoa resolve problemas espaciais reais ou imaginários e tem facilidade para visualizar em 3 dimensões. Pode ser encontrada em arquitetos e escultores.

 

Inteligência Cinestésica

É a habilidade motora de usar o próprio corpo com precisão. É conseguir ter equilíbrio, coordenação, força e destreza. Pode ser encontrada em dançarinos.

 

Inteligência Interpessoal

É a habilidade de entender bem a outra pessoa e possuir facilidade de ter empatia.  É entender o outro pelos sentimentos, comportamentos, emoções e desejos. É perceber que cada um tem um motivo pessoal para escolher determinada ação. Pode ser encontrada em psicólogos, pedagogos e assistentes sociais.

 

Inteligência Intrapessoal

Essa já é a capacidade de conseguir olhar para dentro de si. A pessoa tem habilidade de ter um bom autoconhecimento e compreender seus próprios sentimentos e suas emoções. É saber como suas ações podem interferir em outras pessoas. Pode ser encontrada em psicólogos, filósofos, atores. Mas não há uma definição certa da profissão aqui. Pois qualquer pessoa pode desenvolver muito bem o autoconhecimento.

 

Inteligência Naturalista

É a facilidade em reconhecer espécies de plantas, animais e classificá-los. Ela é encontrada em biólogos, ambientalistas, zoólogos.

 

Inteligência Existencialista

Ela representa a consciência de si e do universo. É a sensibilidade de refletir questões profundas da existência humana, como o sentido da vida. Não está necessariamente ligada à religião, mas a certa espiritualidade.

 

Inteligência Emocional, de Goleman

O autor diz que esse tipo de inteligência está relacionada com o quanto dominamos a nós e nossas relações, utilizando 4 princípios: autoconsciência, autogestão, empatia e habilidade social.

A autoconsciência está relacionada com o autoconhecimento. A habilidade de reconhecer em si qualidades, defeitos e sentimentos.

A autogestão é a capacidade de controlar suas próprias emoções e não “estourar” por qualquer situação. Pessoas assim tentam se manter calmas, ainda que passem por momento estressante. Não deixam qualquer desgosto estragar o seu dia.

A empatia é habilidade de entender o outro como uma pessoa diferente de você, e que por isso tem o direito de pensar e sentir de maneira divergente. É não julgar o outro por isso.

A habilidade social é a capacidade de ter um pouco de liderança para conduzir as pessoas ao que você deseja. É saber se relacionar com vários tipos de personalidades também.

 

Aperfeiçoe sua inteligência

O ambiente e os estímulos que a pessoa recebe desde o nascimento são primordiais para que as inteligências sejam desenvolvidas, você sabia? Os pais e os professores desempenham um papel muito importante nesse aspecto.

Já é sabido que o cérebro de um bebê que recebe muitos tipos de estímulos, com músicas, formas e cores, possui mais ligações sinápticas que o de outro bebê que quase não recebe tais estímulos. São essas ligações entre os neurônios que colaboram para que as mensagens passem de forma mais rápida de um neurônio a seu receptor.

Então, apesar de todas as inteligências listadas serem, muitas vezes, habilidades que já nascem com as pessoas, elas também possuem plena capacidade de serem aperfeiçoadas. Com muito treino e paciência a pessoa consegue aumentar cada um dos tipos.

Existem muitas formas de estimulação para essa lapidação. Formas essas que tendem a estimular a imaginação, o hábito pela leitura, o pensamento lógico, a empatia, o autoconhecimento. E quanto mais cedo essa estimulação ocorrer, mais ganhos o indivíduo tem.

Assim, se você sente que precisa evoluir em alguma delas, tenha bastante dedicação e procure ajuda, se for o caso. A persistência é a chave para muitos objetivos.

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