De acordo com dados da OMS, o álcool resulta em 3,3 milhões de mortes por ano no mundo. Além disso, quando usado de maneira nociva, é capaz de causar mais de 200 doenças e lesões. A dependência da substância acarreta no alcoolismo, trazendo inúmeras consequências negativas para a pessoa e outros ao seu redor.
Assim como toda adicção, indivíduos que sofrem com isso desenvolvem compulsão pelo álcool e tolerância aos seus efeitos, precisando cada vez mais de uma dose maior para ter as mesmas sensações iniciais.
Quer saber um pouco mais sobre as consequências desse vício e como se livrar dele? Acompanhe a leitura!
Consequências do alcoolismo na saúde
Não é novidade o impacto que o álcool em excesso pode trazer ao próprio organismo, mas qual a quantidade considerada ideal? Ainda não existe uma pesquisa que garanta que uma dose exata consumida por dia não trará problemas. Cada corpo reage de uma forma e tem um nível de tolerância. A genética é um fator que também conta muito nesse caso.
De acordo com o médico Dráuzio Varella, um limite de baixo risco seria, para o sexo masculino, duas taças de vinho, uma lata de cerveja ou 50 mL de destilado. Para o sexo feminino, esses valores são mais baixos, devido à diferença de metabolismo. Porém, o consumo apenas nos finais de semana, se muito frequente e em quantidade alta, já pode ser considerado vício.
Os problemas mais comuns para a saúde são:
- sistema digestório: lesões no fígado (como a cirrose) e no estômago, além de inflamações e hemorragias;
- câncer: a substância aumenta o risco para câncer de boca, laringe, esôfago, fígado e intestino;
- diabetes: o álcool pode causar inflamação no pâncreas, que é responsável pela produção de insulina;
- sistema nervoso: pode destruir neurônios, afetando toda a parte cognitiva.
Consequências do alcoolismo na vida social
Por ser uma substância psicoativa, o álcool age alterando, momentaneamente, o sistema nervoso central, mudando a consciência, o humor, o comportamento e a percepção. Pode ter efeitos um pouco diferentes para cada pessoa, mas, em geral, provoca uma sensação de relaxamento e bem-estar. Contudo, quando consumido de forma descontrolada, tende a ter efeitos desagradáveis nas relações sociais, como:
- falta no trabalho:a embriaguez constante atrapalha as obrigações diárias e as relações com os colegas de trabalho. O absenteísmo aumenta, podendo, inclusive, dificultar o trabalho dos outros;
- acidentes de trânsito: todos os anos nos deparamos com muitas notícias trágicas devido ao uso do álcool no volante;
- violência doméstica: a mudança de comportamento pode levar à intolerância e ao descontrole, ocasionando maus tratos com a família;
- perda de relacionamentos: o desestímulo a atividades comuns, a falta de cuidado com si, a agressividade, a alteração na personalidade podem fazer com que pessoas do convívio se afastem;
- suicídio: quando ocasionado por depressão, o álcool pode levar o indivíduo a tirar a vida. Um estudo feito pela USP observou a ligação entre suicídio e o alcoolismo, em pessoas entre 25 e 44 anos.
Como se livrar da dependência do álcool
Existem alguns tipos de tratamentos que costumam trazer bons resultados. Contudo, grande parte das vezes é preciso um esforço grande do indivíduo e paciência, pois os efeitos costumam vir a longo prazo.
Grupos de apoio, terapia cognitiva comportamental, terapia comportamental, terapia familiar e tratamento medicamentoso podem dar consequências positivas, ainda mais quando atuando em conjunto.
Será preciso não só tratar o fato da dependência, mas também o motivo que a desencadeou (como alguma frustração, depressão etc) e ensinar o paciente a ter outros meios mais saudáveis de lidar com suas insatisfações e fantasmas internos.
Admitir que tem um problema é o primeiro passo para se ver livre do alcoolismo, o segundo é procurar ajuda profissional e também dos amigos e familiares. O abuso de álcool, para a medicina, é visto como uma doença crônica, não devendo ser motivo de vergonha.
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Sobre o autor: Maricléia dos Santos Roman
Maricléia dos Santos Roman, Psicóloga graduada pela UPF/RS, Especialista em Saúde da Família, Juridica pela Unochapecó/ SC, Palestrante, Coach formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching- IBC, como Professional and Self Coaching, certificada nacionalmente pelo IBC e internacionalmente pelo European Coaching Association, Meta fórum internacional Global Coaching Comunity e Internacional of Coaching, analista Comportamental Certificada pelo IBC, Practitioner e Master em PNL pelo Instituto Sabbi/RS.
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