Aprendemos sobre isolamento social.

O amor à distância separa avós de netos, pais de filhos, jovens de idosos, amigos de amigos, separa também nações nas fronteiras de outros países. O amor tornou-se virtual como já prenunciavam nossas vidas, em tempos de celulares e computadores. O amor tornou-se digital, mas não menos vibrante. Sem contatos físicos, proibidos pela grande epidemia, ele ainda existe na fotografia, no vídeo, no apelo dos que rezam e tem fé. O amor ainda existe e resiste quando o avô dá a benção noturna na telinha para sua neta e a mãe recomenda cuidados ao filho do outro lado do planeta.

Em família, os cuidados foram intensificados: “eu chego em casa, vou direto para o banho, tenho cuidado com os sapatos, uso máscara o tempo todo e hoje durmo sozinha. Meu marido e meu filho estão praticamente separados dentro do apartamento, temos contato, mas com segurança. Hoje eles estão em isolamento social, se ficarem doentes, fui eu que levei o vírus para a casa.” Quantas vezes você já teve esse tipo de pensamento durante a pandemia?

Acredita-se que ninguém mais será a mesma pessoa quando tudo isso passar. Pode ser que sim, mas cada um sente e absorve esses últimos acontecimentos de diferentes formas. Tem aqueles que descobrem seu lado mais sensível, outros, o lado mais ofensivo. Em alguns, o medo triplica de dimensão, enquanto muitos conseguem manter uma rotina adaptada e aproveitam o tempo.

 

Em tempos de pandemia, o isolamento social se tornou prova de amor e cuidado, porque se eu me afasto socialmente de ti, eu te projeto.