De repente os filhos crescem, tornam-se mais independentes e resolvem viver suas próprias experiências de forma mais autônoma. Saem de casa, casam-se, constroem suas famílias. Apesar de a vontade de vê-los felizes e bem encaminhados atingir 10 entre 10 mães e pais, um novo sentimento de angústia pode surgir: a síndrome do ninho vazio.
Ela se caracteriza pelo sofrimento de, de repente, se ver distante daquela pessoa que dependeu de todos os seus cuidados durante grande parte da sua vida. É um misto de sentir que a vida perdeu um pouco o sentido, saudosismo do passado, melancolia e perda da própria identidade.
Apesar de essas sensações serem comuns na nossa sociedade, você não precisa sentir essa tristeza durante o resto da vida. Entenda mais sobre essa fase, continuando a leitura!
O que é a síndrome do ninho vazio?
O termo pode ser definido como a perda de identidade dos pais, que, ao se verem sem a necessidade de cuidar dos filhos, sentem um vazio por isso.
As pessoas costumam relatar sensações negativas, como depressão, ansiedade e baixa autoestima.
Por que ela acontece?
Esse sentimento pode aparecer em vários tipos de famílias, nos mais diferenciados graus. No entanto, algumas pessoas estão mais propensas a adquiri-las:(1) a mulher que passou parte de sua vida em função de criar os filhos e cuidar da casa e (2) famílias com uma cultura de mais apego e vínculo emocional. Do contrário, povos com um costume de estimular nos filhos, desde cedo, o comportamento de sair de casa assim que atingir a maioridade, tendem a sofrer menos.
O que fazer quando ela aparece?
A princípio, o pai ou a mãe podem se ver sem esperanças de continuar tendo um futuro alegre. Muitas vezes, a saída dos filhos ainda coincide com a entrada na menopausa ou andropausa, o que intensifica ainda mais os sintomas. Algumas possíveis saídas são as seguintes.
Manter-se ativo
Quando não temos obrigações a cumprir, tendemos a preencher nossos momentos ruminando pensamentos ou situações que ainda nem aconteceram. Isso colabora para que a ansiedade e a angústia aumentem. Assim, é aconselhável procurar atividades, como práticas esportivas, ou um curso onde se possa aprender algo novo e estimulante.
Aceitar o presente
O melhor a fazer é evitar lamentar o presente, já que a situação não pode ser mudada. Ficar trazendo para a mente lembranças do passado alimenta o saudosismo e a tristeza.
Resgatar antigas amizades
Uma boa ideia é buscar aquelas amizades que se distanciaram com o tempo. Com as redes sociais, fica muito mais fácil encontrar colegas do tempo da escola, por exemplo.
Manter o relacionamento amoroso vivo
Aproveite esse momento para resgatar o casamento. Programe uma nova viagem de lua-de-mel. Na hipótese de pessoas solteiras, nunca é tarde para viver um novo amor.
Respeitar a autonomia
Evitar ficar telefonando várias vezes ao dia para o filho é outra ideia. Manter uma rotina de ligações constantes não é uma opção saudável para nenhum dos lados, já que estimula a negação da realidade;
Procurar ajuda
Em último caso, se não der conta de resolver a angústia por conta própria, é recomendado ir atrás de auxílio de um profissional capacitado a encaminhar a pessoa ao tratamento que lhe seja mais benéfico.
A síndrome do ninho vazio é um momento difícil na vida de muitas famílias, mas é possível cada um voltar a ver sentido no seu papel em sociedade. Procurar resolver as apreensões psíquicas é a melhor escolha.
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Sobre o autor: Maricléia dos Santos Roman
Maricléia dos Santos Roman, Psicóloga graduada pela UPF/RS, Especialista em Saúde da Família, Juridica pela Unochapecó/ SC, Palestrante, Coach formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching- IBC, como Professional and Self Coaching, certificada nacionalmente pelo IBC e internacionalmente pelo European Coaching Association, Meta fórum internacional Global Coaching Comunity e Internacional of Coaching, analista Comportamental Certificada pelo IBC, Practitioner e Master em PNL pelo Instituto Sabbi/RS.
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