Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levantados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid, revelam que, dos 8,2 milhões de trabalhadores brasileiros que, no fim de julho, estavam em home office, 2 milhões retornaram aos postos presenciais em agosto.
Quando as pessoas foram obrigadas a deixarem suas mesas de escritório, ferramentas de trabalho e o ambiente em que passavam 8h ou 9h por dia, foi deprimente. Tudo se tornava um pouco mais difícil, nem todos tem os mesmos recursos para trabalhar em casa, então, as circunstâncias eram limitantes. Em casa, muitas pessoas perdem a concentração repetidamente, a produtividade diminui e o ambiente não é propicio para o trabalho, o afastamento dos colegas também ocasionou esfriamento nas relações. Mas como a situação era imposta, o trabalhador seguiu empenhando-se em executar suas funções de casa.
Tudo o que é novo, no início assusta, mas com o passar do tempo, vira costume e a rotina que era conturbada, foi adaptada para ser leve e tranquila. Depois de meses trabalhando de pijama, com seus familiares mais próximos e podendo dar aquela “paradinha” momentânea, a economia grita socorro e é hora de voltar ao ambiente de trabalho, com duas ferramentas a mais, a máscara e o álcool em gel.
É hora de usar novamente o uniforme, sair de casa cedo, almoçar fora, sem contato, sem abraços ou apertos de mãos. O ambiente de trabalho é muito mais frio e distante, todos precisam se adaptar novamente, usar máscara 8h ou 9h por dia, passar álcool em gel nas mãos – com a mesma frequência em que se bebe água, medir a temperatura diversas vezes, agora tem limitações nos banheiros e elevadores, tudo se tornou mais difícil e complicado. Alguns desenvolveram fobias, mais ansiedade, TOC e paranoias e agora precisam se adaptar a nova realidade fora das suas casas rapidamente, a economia pede isso.
Mesmo que a empresa tome todos os cuidados, qualquer volta presencial envolverá riscos. Para ajudar os trabalhadores que se sintam inseguros, é fundamental por parte da empresa oferecer treinamentos para garantir que todos entendam e sigam as novas regras. A capacitação é, também, uma ferramenta essencial para motivar o trabalho dos servidores, dando ênfase no momento atual.
Vivemos uma era de muitas incertezas, somos surpreendidos por várias regras que não estavam em nosso cotidiano, os lockdowns são frequentes em nossas vidas e devemos estar preparados para todas essas mudanças. Respire fundo e concentre-se, é só uma fase, tudo isso vai passar, execute sua função com maestria e tenha fé num futuro sem máscaras e sem medo.
Sobre o autor: Maricléia dos Santos Roman
Maricléia dos Santos Roman, Psicóloga graduada pela UPF/RS, Especialista em Saúde da Família, Juridica pela Unochapecó/ SC, Palestrante, Coach formada pelo Instituto Brasileiro de Coaching- IBC, como Professional and Self Coaching, certificada nacionalmente pelo IBC e internacionalmente pelo European Coaching Association, Meta fórum internacional Global Coaching Comunity e Internacional of Coaching, analista Comportamental Certificada pelo IBC, Practitioner e Master em PNL pelo Instituto Sabbi/RS.
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