Segundo um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 5% da população mundial, convive com a depressão e as suas repercussões no cotidiano. Infelizmente, o Brasil ocupa uma posição de destaque nesse contexto. Estima-se que a maior taxa de depressão do continente latino-americano está entre os brasileiros, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.

A ansiedade, outro quadro que impacta de forma negativa a qualidade de vida, é ainda mais presente no Brasil. Quase 10% dos brasileiros manifestam os sintomas, que se dividem entre os ataques de pânico, as fobias, os transtornos obsessivos compulsivos, o estresse pós-trauma e a ansiedade generalizada.

Durante o ano de 2020, marcado pela pandemia, os números de pacientes com essas doenças aumentaram significativamente. Afinal, o isolamento social, o medo e a incerteza são catalisadores para os sintomas ansiosos e depressivos. A pandemia impactou a sociedade e todos os indivíduos em diversas esferas. Primeiramente, houve um grande impacto no âmbito financeiro, uma vez que empreendimentos e comércios, tiveram que ser interrompidos, o que resultou na perda de empregos e falência de empresas.

O desemprego ou a diminuição da renda são fatores ligados ao surgimento de sintomas depressivos e ansiosos, devido à incerteza e o medo de não conseguir arcar com as responsabilidades mensais e necessidade dos familiares. Além disso, foi necessário promover o isolamento social para diminuir a propagação do vírus e o número de casos e com ele veio o afastamento de pessoas amadas, o que foi o pingo d’água para o desenvolvimento de várias doenças mentais.

A ansiedade e a depressão devem ser tratadas, a fim de recuperar a qualidade de vida. Procure ajuda de um profissional, faça terapia e busque forças junto aos seus familiares, essa é a saída para enfrentarmos o que virá na pós-pandemia.